Jacaré é resgatado pela Adema no Conjunto Santa Lúcia

Uma equipe de fauna da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) fez o resgate de um jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) que se encontrava na garagem de uma residência no Conjunto Santa Lúcia, no bairro Jabotiana, Zona Oeste da capital sergipana, e que estava causando medo aos moradores.

Após a contenção e avaliação veterinária, os profissionais constataram tratar-se de um filhote de sexo indefinido, de aproximadamente seis meses de idade, medindo cerca de 50 centímetros, pesando 5 kg e bastante agressivo.

Por se encontrar saudável, sem apresentar nenhuma lesão aparente ou problemas que impossibilitassem a sua soltura, para a segurança da população e do próprio animal, ele foi encaminhado para uma área de reserva ambiental distante dos centros urbanos onde será devolvido ao seu habitat.

Segundo o veterinário da Adema, Daniel Allievi, a hipótese é que o jacaré tenha chegado até a casa dos moradores por meio de um canal. “Por ter como seu habitat, rios e lagoas, e como no conjunto residencial existe tanto o curso d’água quanto pequenos lagos, provavelmente o réptil deve ter saído de seu habitat natural, adentrado o canal e ido parar na residência que fica próxima à vala de passagem d’água”, explica.

A Adema ressalta à população que em caso de encontrar animais silvestres fora de seu habitat, sobretudo feroz como esse tipo de réptil, o recomendado é acionar os profissionais do órgão ambiental por meio do telefone (79) 9 9191-5535, para que o resgate seja realizado de forma apropriada e segura.

Jacaré é devolvido à natureza depois de passar por tratamento

Um jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) de 12 anos de idade, pesando 12,3 Kg e medindo 1,32 metros, que havia sido resgatado por uma equipe de fauna da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) em um centro de distribuição de uma rede de supermercados, às margens da BR 235, no município de Nossa Senhora do Socorro, foi reinserido na natureza após ter passado por cirurgia e ficado em quarentena pós-operatória.

Segundo o médico-veterinário da Adema, Daniel Allievi, na ocasião do resgate foi observado uma peculiaridade no animal. “Ao capturarmos o réptil notamos que ele possuía uma neoformação na base da cauda. Como mantemos uma parceria com o departamento de Medicina Veterinária do Campus do Sertão da Universidade Federal de Sergipe, em Nossa Senhora da Glória, o encaminhamos para lá a fim de que ele fosse avaliado minuciosamente”, explicou.

Daniel Allievi destacou o processo pelo qual o bicho passou. “Com o auxílio do médico-veterinário e professor do curso de medicina veterinária do Campus do Sertão, Vitor Fernando Santana Lima, que é especialista em animais silvestres, foi realizada uma cirurgia para a extração, e, após a análise patológica, constatou-se que tratava-se de um tipo raro de tumor”, frisou.       

O médico-veterinário da Adema revelou o procedimento pós-cirúrgico feito no réptil. “No local da cirurgia foi realizado um método inovador e nunca antes executado, em que foi utilizado um enxerto biológico com pele de tilápia (Oreochromis niloticus), a fim de agilizar o processo de cicatrização. O resultado foi satisfatório, e, posteriormente o réptil foi encaminhado ao Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), localizado no Parque da Cidade, onde permaneceu em quarentena pós-operatória, recebeu tratamento clínico, e, após estar apto e saudável, foi posto à soltura em área de reserva ambiental”, ressaltou.

Última atualização: 30 de novembro de 2021 14:41.

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